A Cidade
Cunha começou a se constituir no final do século XVII sendo o último parada e descanso dos tropeiros que percorriam a Estrada Real trazendo o ouro de Minas para ser exportado para Portugal, pelo Porto de Paraty. Durante o século XVIII, graças à movimentação de tropas, o povoado que ali surgiu teve grande desenvolvimento, sendo elevado à categoria de Vila e as trilhas que levavam ao porto foram calçadas pelos escravos.
Ainda hoje há remanescentes das trilhas construídas pelos escravos, que podem ser visitadas pelos turistas.
Em 1858 a Vila de Nossa Senhora da Conceição de Cunha alcançou a categoria de cidade e em 1948 a cidade recebeu do Governo Estadual o status de Estância Climática.
Cunha é o município que conserva a maior reserva de Mata Atlântica do país. Vale dizer que ali se encontram dezenas de cachoeiras, milhares de nascentes e de riachos que correm sobre pedras e uma vegetação rica e abundante.
Cerâmica Noborigama:
Cunha é também um importante pólo de cerâmica artística na América do Sul. Ali se instalaram, a partir de meados da década de 1970, ceramistas de formação japonesa que trouxeram para o Brasil uma técnica milenar de cerâmica artística, queimada a lenha em altíssima temperatura, em fornos chamados Noborigama. Muito atuantes, eles levaram adiante seu trabalho e formaram jovens discípulos que mais tarde abriram seus próprios ateliês.
Assim, a região tem hoje cinco ateliês de Noborigama em permanente funcionamento, um número que não se encontra mais nem no Japão (lá não há mais espaço para plantar lenha para queimar). Na década passada ceramistas de outras técnicas foram se radicando no município, produzindo peças de alta qualidade, nos mais variados estilos.
Outros Atrativos:
No turismo destacam-se ainda Igreja do Rosário e São Benedito (1793), Gruta Canhambora, Parque Estadual da Serra do Mar, Pico da Marcela (1840 mts de onde se avistam 180 km de litoral), Casa do Artesão, Cachoeira do Pimenta, Cachoeira do Desterro, dentre outras.
Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição:
Construída em 1.731, segundo relatos, por causa do aparecimento, por 3 vezes, da imagem de Nossa Senhora da Conceição no local, é considerada uma das mais belas igrejas em estilo Barroco, do Vale do Paraíba. Possui um rico acervo em arte sacra e seus altares são talhados em madeira. As datas expostas nas fachadas, representam reformas efetuadas.