A Cidade
O antigo Arraial do Tejuco abasteceu, por longos anos, a Coroa Portuguesa com seu ouro e diamante abundantes, que eram retirados das lavras locais e levados para o porto de Paraty, no Rio de Janeiro. Assim, através do suor dos escravos, das tropas e da ganância dos senhores, foi se formando a famosa “Estrada Real”.
Com quase três séculos de história e um patrimônio arquitetônico, cultural e natural rico e preservado, Diamantina é hoje uma das cidades históricas mais conhecidas e visitadas do País. Em 1938, o conjunto arquitetônico do Centro Histórico foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, e, no final da década de 90, veio o reconhecimento mundial: Diamantina recebe da Unesco o título de Patrimônio Cultural da Humanidade.
Localizada no meio da Serra do Espinhaço, Diamantina é circundada por uma paisagem de grande beleza e rica em cachoeiras, grutas e picos, garantindo diversão para os amantes dos esportes de ação e caminhadas.
Diamantina possui um artesanato típico e reconhecido, representado pela técnica do arraiolo; pelas sempre-vivas; trabalhos em madeira, palha de milho e cristais; e jóias feitas com casca de coco da Bahia e ouro local.
O casario colonial, de inspiração barroca; as edificações históricas; as igrejas seculares; a belíssima paisagem natural e uma forte tradição religiosa, folclórica e musical conferem uma singularidade especial à cidade, tornado-a parada obrigatória de estudantes e visitantes de toda parte do mundo.
Casa de Chica da Silva
Pertenceu ao contratador João Fernandes de Oliveira, onde morou com a ex-escrava Chica da Silva, provavelmente entre os anos de 1763 e 1771.
É um dos exemplares mais expressivos da arquitetura residencial mineira do século XVIII. As divisões internas da casa são de pau-a-pique e os pisos em tábuas largas. Anexa está uma capela dedicada a Santa Quitéria, que após demolida, teve sua fachada reconstruída em 1951.
Casa da Glória
Integrada por duas edificações, dos séculos XVIII e XIX, abrigou o colégio das irmãs vicentinas que, para preservarem as internas dos olhares masculinos, construiu um passadiço interligando os dois prédios.
Igreja São Francisco de Assis:
Construída em 1766-72. Em estilo barroco, contém trabalhos de talha em seus altares, teto da capela-mor pintado por José Soares de Araújo e retocado por Agostinho de Miranda. No pátio, um cemitério de gavetas e as famosas imagens de São Francisco, Nossa Senhora da Conceição, Sant'Ana, Santo Ivo e Margarida de Cortona.
Igreja do Rosário
É a mais antiga, edificada em 1728, típico exemplar da arquitetura religiosa do século XVIII. Possui pinturas, a bico de pena, do guarda-mor José Soares de Araújo e objetos sacros preciosos e imagens laminadas a ouro, com destaque para a da Pietá, existente na sacristia, de A. Miranda.
Igreja do Bom Jesus:
Edificada na década de 40, (século XX), pouco acima do lugar onde se erguia a chamada "Cruz das Almas". Tornou-se o centro de intensa e piedosa devoção dos fiéis, principalmente por ocasião da sua festa anual, no dia 6 de agosto ou no domingo seguinte. Mais recentemente foi a capela promovida a igreja matriz, segunda paróquia da cidade.
Cachoeiras:
Cachoeira da Sentinela: Na estrada para Biribiri, o sítio da Sentinela destaca-se pelas cascatas e prainhas. Bons poços para nadar.
Cachoeira das Fadas: Cachoeira com aproximadamente 30 m de queda livre com poço e cercada de densa vegetação.
Cachoeira dos Remédios: Cachoeira de aproximadamente 20m no meio de uma densa vegetação, completamente rodeada de mata, com poço e praia.
Cachoeira do Mendanha: Cachoeira em forma de lajeado de aproximadamente 5m de altura com poços, escorregadores e banheiras.
Cachoeira do Telésforo: A mais bela cachoeira de Conselheiro Mata, distrito de Diamantina, com praia de areia super branca e fina, local excelente para camping.
Cachoeira dos Cristais: Esta é uma das mais belas cachoeiras da região. Tem uma série de três cachoeiras, grande piscina natural, com relevo e vegetação característico de campo rupestre.
Cachoeira da Toca: Cachoeira com queda livre de 20m e poço profundo.
Outros atrativos:
Chafariz do Rosário: Construído em 1787, em frente a Igreja do Rosário. Possuí duas bicas com água potável e um tanque para bebedouro de animais.
Caminho dos Escravos: Estrada Real do Brasil Colonial, calçada pelos escravos, que ligava Diamantina ao distrito minerador de Mendanha. Construído pelo Intendente Câmara após sua difícil viagem ao Distrito de Minas Novas, para facilitar seu acesso. O trecho calçado, devido ao desgaste natural, é muito escorregadio e perigoso. Distância: 2Km da cidade (percurso a pé) ou 5 Km através da BR que leva a Araçuaí.
Lagoa Azul: Belíssima lagoa com águas azuis. Próximo a entrada para o restante do caminho calçado dos escravos para Mendanha.